Giletes e Vampiros

Olho fixamente para a gilete na pia do banheiro,
Sinceramente não sei o que esta fazendo lá.
Sempre depois de usada ela é guardada. Mas hoje ela esta lá. Na pia do banheiro.
Encaro-a, tão pequena mais tão mortal...
Fico a pensar em milhões de fuga desse mundo imaturo.
Imaturo?
Já não consigo pensar direito, as lembranças me escapam da mente,
Como abelhas da colméia.
Fixo meu olhar ainda mais, tão pequeno e tão mortal.
O que esta fazendo na pia do banheiro?
Será que me aguarda?
Fiz a barba domingo, e não a deixei ali.
Pequenos instantes me fazem olhar para outro lado...
Não! Ninguém por perto, somente eu e ela,
E minhas angustias que algum poeta já deve ter escrito sobre elas.
Sem pensar muito seguro a gilete na minha mão. Mentira! Pensei muito.
Tão pequena e tão mortal...
Penso em como é a dor do corte rente ao pulso... E tenho ainda mais certeza do que quero.
Relembro de como é a dor das desilusões da vida... Não preciso de mais certezas.
. . .
Estou agora sentado no canto do banheiro,
Olho para o azulejo amarelado e vejo manchas,
Pingos vermelho. Vermelho Sangue.
Sangra a carne de angustias, vão desilusões escorre para o ralo,
Junto com o sangue. Vermelho Sangue.
Olho para o sangue que escorre em meus braços, me vem à cabeça Crepúsculo o filme.
Começo a rir, eu e a gilete o sangue o ralo e o azulejo amarelado pelo tempo,
E penso em um filme pré-adolescente que não gosto.
Eu começo a rir, rir muito...
Porque penso naquele filme idiota?
Esse é o meu momento...
Tento aproveitar a dor, mas não consigo...
Filme idiota.
Estou ficando tonto às pálpebras dos meus olhos,
Não tem mais forças, aos poucos elas fecham-se.
Vampiros.
Recordo-me da lenda do 1° dos vampiros.
Um traidor que se matou...
E vive uma maldição
Sangue suga, traidor filho da puta...
Naquela época não havia giletes, a corda era pratico.
Gilete, Vermelho Sangue, Crepúsculo,
Traição, suicídio e Vampiros...
Giletes e Vampiros.
Somos todos vampiros e sugamos o que há de melhor nas pessoas.
De me afogar no meu próprio sangue.
Que escorre de meus braços, direto para a garganta.
. . .
Existem caminhos de fuga para outros mundos inimagináveis...
Quem sabe o seu pode estar na pia do banheiro
KKKKKKK..
ResponderExcluirPequenaa e mortal O.o
Filme idiota..=)
;*
Ah eu gostei, bem intimista, desabafando, mais eu gostei das metaforas, congratulations guy, ta escrevendo bem !
ResponderExcluirMeu Deus!
ResponderExcluirInteressante... mas a parte ''Sangue suga, traidor filho da puta...'' penso que o uso do palavrão em um texto bem elaborado como esse, tira um pouco a ênfase do texto ao leitor que se coloca em reflexão com o texto.
ResponderExcluirmas gostei do texto!
parabens
valeu...
BjOs
Como disse a foto me afasta em certos aspectos. Há um crescimento metafórico nesse texto. Agora acredito que você deva escrever algo onde seja o antagonista.
ResponderExcluirSerá bom para conflituar sentimentos e reavivar verdades lacradas em sete chaves.
Nusss Darcii não sabia que escrevia assim.. gosteeiii.. mesmo sendo algo que não costumo leer, me chocou não pq tinha a palavra morte e etc.. mais por ter metáfora bem feitas, e aspecto peculiar. Parabéns!!
ResponderExcluirBjus..
Gostei bastante, Gostei da Alusão Final. Até mesmo com um Palavrão conseguiu ser Poeta.Hahha, FDP.rs Somos Vampiros e não sabiamos.Agora sei quem sou, eu Axo.rs, PArabens Amigo.
ResponderExcluirNossa Darciii, não sabia que vc era poeta!
ResponderExcluirAxeii muito xocante esse texto, mas me passou uma liçao muito boa! Só naum vou corta meus pulsos... ahuhsuhauhsa
mas gosteii!
sangue suga, traidor , filho da puta . sofri com essa parte . mttttttttttttt foda seu texto . *OOOO*
ResponderExcluirNossa! muito intenso gostei muito eu passo pela auto-mutilação então sei o que você sentiu naquele maldito momento em que a gilette encostou sua pele pela primeira vez,até que você não consegue mais parar :(
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