Giletes e Vampiros

Olho fixamente para a gilete na pia do banheiro, Sinceramente não sei o que esta fazendo lá. Sempre depois de usada ela é guardada. Mas hoje ela esta lá. Na pia do banheiro. Encaro-a, tão pequena mais tão mortal... Fico a pensar em milhões de fuga desse mundo imaturo. Imaturo? Já não consigo pensar direito, as lembranças me escapam da mente, Como abelhas da colméia. Fixo meu olhar ainda mais, tão pequeno e tão mortal. O que esta fazendo na pia do banheiro? Será que me aguarda? Fiz a barba domingo, e não a deixei ali. Pequenos instantes me fazem olhar para outro lado... Não! Ninguém por perto, somente eu e ela, E minhas angustias que algum poeta já deve ter escrito sobre elas. Sem pensar muito seguro a gilete na minha mão. Mentira! Pensei muito. Tão pequena e tão mortal... Penso em como é a dor do corte rente ao pulso... E tenho ainda mais certeza do que quero. Relembro de como é a dor das desilusões da vida... Não preciso de mais certezas. . . . Estou agora sentad...