Crítica Vazia

   Contos e encantos, essa foi a vida de um jovem escritor onde seu maior prazer era escrever e escrever mais. Como todo escritor ele passava suas crises de "memória vazia", é assim que chamo o período que escritores tem quando não conseguem escrever, mais quando seu dom voltava ele tinha que escrever o maior numero de informações e  imaginações o mais rápido possível, antes que a " memória vazia" voltasse e levasse tudo embora como enchente de São Paulo.
    Esse escritor escrevia sobre tudo, bom, quase tudo, faltava a sua autobiografia. Que com certeza nuca viria a escrever, todo o mundo para escrever, porque diabos ele escreveria sobre ele?! Gostava de escrever por escrever, por gosto, prazer, não sei.
    Escrevia coisas muito interessantes e outras que pra ficar no mínimo razoável teria que fazer muito esforço. Mas deixava daquele jeito mesmo, a idéia como foi concebida, com suas pesquisas que as vezes lhe tomavam dias e meses mas que no geral depois da idéia organizada e planejada dentro da cabeça só bastava colocar no papel.
   Não! Ele não foi um grande escritor ou dramaturgo, não era nem se quer conhecido dentro da sua cidade, mas escrevia sobre ele e sobre os outros sobre a vida de uma forma que ninguém tinha a audácia de citar, quase ninguém.
   Não tinha grandes obras, mas tinha bons textos onde pessoas tinham uma forma de julgar bem diferente da dele. Pois os textos que se julgavam, não eram lidos e sim assistidos, onde a pesquisa não importava e se perdia tempo pesquisando. Onde os textos não precisavam de palavras e sim de gestos e coisas malucas, coisas sem sentidos que a própria pessoa que "escrevia" a tal literatura visual, onde nem ela mesma sabia o que fazia, mas fazia e muito bem feita por sinal. Nesses textos pessoas mataram as lendas, fizeram pouco caso das pesquisas bíblicas e dos símbolos que o texto remetia, onde índios e sua cultura se perdia no teatro do absurdo, no absurdo do crescer mais e mais, e assim a literatura foi ficando para trás, onde a escrita, os textos se perdem nos absurdos dos "Pro quês" caipiras em textualização nordestina. Onde se escreve sobre outros universos com personagens reais e imaginários, coisas fortes e valentes coisas sem sentidos ou com algum sentido apenas para quem escreve.
Aqui existe um escritor cansado, que chega no fim do dia e só quer continuar a escrever, mas seus olhos ardem e pedem descanso uma pausa, apenas isso. Nessa nova gramática da língua portuguesa não foi só a forma de escrita que mudou, e sim a leitura delas também... Não precisa mais escrever para ser um texto ou uma dramaturgia e sim apenas encenar, a pesquisa não precisa ser forte, melhor não precisa pesquisar e sim cativar, mesmo com seus " Mar - ria" caipira, pode cativar as pessoas e não le - los como deveria ser lido.
   Pessoas que matam uma pesquisa de lendas e religião, que ferem sentimentos de crianças e que adoram um lampião que escreveram, que nem sabe o "pro que" de suas estrelas no chapéu, e nem conhece a verdadeira história de Maria, ou uma outra história dela.
   Então esse escritor depois de ver essas blasfêmias todas e ter achado isso tudo uma tremenda de uma merda, decide continuar escrevendo mesmo cansado e se sentido injustiçado, escreve porque gosta, porque é um jeito de se encontrar, não vai mudar sua forma de escrever, não fará mudança alguma, pois quem não entendeu olhando, procura ler e ai sim fazer um julgamento justo e com sabedoria.
   Esse velho escritor agora esta cansado, ficara algum tempo com " memória vazia" pra quando voltar escrever tudo que puder em tempo recorde apesar das criticas algumas positivas outras sem importância, pra que ser importante se ninguém lê?!
   Agora ele só vai esvaziar a mente e descansar. A vontade dele é de não escrever mais nada, mas e ai, o que seria a vida dele?! Um Vazio.

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